Tempo
És um senhor tão bonito
És um dos deuses mais lindos
Entro num acordo contigo
Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Quando o tempo for propício
De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
E eu espalhe benefícios
O que usaremos pra isso
Fica guardado em sigilo
Apenas contigo e comigo
E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Não serei nem terás sido
Caetano Veloso
Um lindo aniversário: para mim...he he he!!!
Rugas
Estive pensando
sobre idade.
E sobre marcas.
Marcas do tempo,
da sobrevivência,
da essência do ser...
Do ser e do estar.
Estar vivo.
E a idade é a maior prova disso.
De tudo que somos!
Envelhecer.
Estar velho é o sinal.
O sinal da vitória...
por ter sobrevivido.
Por estar vivo.
E ao pensar em estar velho,
não posso evitar de sorrir.
A beleza do mundo
parece mais bela aos velhos
olhos de quem viveu o bastante
pra descobrir a beleza das coisas.
Imagino-me velho
e vejo-me como alguém melhor.
Ao menos assim espero.
Assim espero que eu tenha o bom senso
de progredir em mim mesmo.
Superar meus defeitos um por um
e ir ganhando uns tantos outros
ao longo do caminho,
mas espero abandona-los também.
Espero vencê-los.
Imagino-me fraco...
das pernas, dos braços.
Mas não da mente,
pelo menos não logo.
Tenho esperanças
de que o juízo me dure o bastante
pra sentir saudade das forças...
das pernas, dos braços.
E que além do juízo,
eu permita-me um sorriso,
um sorriso ao observar o meu rosto,
ao observar minhas rugas.
Rugas próprias.
Rugas minhas,
que eu mesmo consegui.
Minhas marcas...
da sobrevivência.
De tudo que eu passei.
E ainda nesse momento
me servirá o juízo
pra sentir saudade
do que experimentei do mundo.
Dos sonhos – frustrados ou não.
Dos rostos, dos braços, abraços.
Dos rostos, braços
e abraços das pessoas,
e a maioria delas espero
que ainda estejam ao meu lado;
e as que não tiverem,
me servirá outra vez o juízo,
o juízo e a saudade. E o amor.
Sobre todos os outros, o amor.
Ah, se me fosse permitida
estas certezas.
A certeza da velhice,
a certeza das rugas
– das marcas.
Que venham as rugas,
mas enquanto não as tenho,
me contento com as espinhas
– não são tão belas,
mas fazem parte da vida.
Este poema foi escrito por um jovem.
Lindo!!!
2 comentários:
Olá Fátima espero que vc. tenha tido um lindo aniversário, estou te desejando atrasado porque só hoje conheci o seu blog...que por sinal é muito legal. Tb. fiz aniversário agora em julho, bem pertinho não é...venha me fazer uma visitinha, eu estarei esperando, bjxssss, Kátia
Oi Fátima, cheguei atrazada para a festa mas quero desejar Feliz Aniversário para todos os demais dias do ano. Todo dia é dia de comemorar. Beijos e muitas, muitas e muitas felicidades.
Joana
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